domingo, 27 de junho de 2010

A garota


Era uma vez uma garota. Uma garota aí, do tipo que ninguém conhece e nem quer conhecer. Aquela que tem alguns pequenos sonhos, mas sabe que jamais ira realizá-los, como se já estivesse lido sua própria historia, e já estivesse se conformado pelo final lamentável e altamente decepcionante. E ela chorava . Lagrimas o suficiente para fazer transbordar o oceano. Com aquele nó na garganta que percistia fazendo a dor aumentar e ela mais uma vez desabar em suas próprias lamentações, de como é incrivelmente desapontante não ser necessário para o mundo, ser mais inútil que uma pedra, afinal, uma pedra nem inútil é. A mesma garota as usava para jogar uma a uma dentro de um lago gelado, fazendo o barulho ecoar em sua mente, se distraindo imaginando o percurso da pedra até tocar o solo depois de mergulhar profundamente sobre toda a água.


Ninguém no mundo pode se sentir como ela. De ser enganada cruelmente pela vida em ter alguns momentos, quem diria, até que bons, erá suficiente para a iludida garota achar que era feliz. Mas com certeza... Não, não era. Portanto, a noite logo vinha para lhe trazer a realidade. Ela tinha medo...Sim ! Além de tudo ainda tinha medo. Do escuro, das pessoas, e até dela própria, que era quem mais a confundia, a grande inimiga de si mesma. Não existia ninguém mais estranho do que a boba garota. Já pensou tantas, mais tantas vez em se matar... Porem era covarde o suficiente para não fazer isso, alias, era mais “fácil”, diga se de passagem, deixar tudo como está. E evitar um possível tumulto de mergulhadores explorando o lago a procura de um corpo desaparecido, que aparentemente, já havia afundado de um forma que não pudesse ser visto, e agora descansava junto as pedra ali atiradas uma vez.

Ela nunca seria quem gostaria de ser. Pois o principio de todo alguém que se pode desejar ser, necessita de uma razão. De ser admirado, querido, ou necessário a alguém, e isso, ela obviamente, não tinha. Mas a pesar de tudo, sua vida era até que relativamente fácil de ser vivida, simplesmente como uma ordem a ser executada, obedecer a tudo e a todos, sendo sempre a mesma, uma garota sem voz, sem opinião, como um robô altamente programado. Era o que esperavam dela, e era o que seria.

Um dia finalmente, em meio de suas incontáveis limitações, a morte resolve com todo o seu tédio, levar alguém sem graça, ou seja, que não faria falta, pois o única graça para a morte, é levar, quem se tem alguém para chorar, ou sofrer pela ausência da pessoa amada. Mas em um momento insano e desanimado da morte, tira aos poucos, a “vida”, ou melhor, a existência da garota inútil e infeliz que seria menos um peso ao mundo. E quando se depara com os últimos segundos de sua existência, algo interrompe sua despedida para o nada, e lhe ofusca a visão, com um rosto... Olhando para ela como nunca ninguém havia olhado antes, mesmo que estivesse ainda, um pouco assustado. E então a garota solta um único suspiro, derruba uma lagrima e jura vingança a morte por querer levá-la agora. Mas ao mesmo tempo, da um sorriso, o único em toda sua vida, pois percebe que nada foi tão inútil assim. Sua existência passa ser uma vida, não uma vida toda que valeu a pena, mas, uma vida que valeu a pena ser vivida para seu ultimo segundo. E então... Ela se apaixonou.

Alessandra Froes

6 comentários:

  1. Nooossa. Realmente o melhor desfecho até agora, na minha opiniao. Parabéns nee-chan,tá cada dia melhor e melhor, ♥

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  2. Minha Prima ARRRASAA ... Te amo Xamm adoreeii *-*

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  3. Parabenssss mtoooooooooooooooooooo lindoooooooooooooooooooooooooooooooooo *-*

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  4. Noosss AmOor, seem palavras...
    Simplismente Peerfeito, Emocionante e Verdadeiramente PURO!
    Parabeins msm, poucas pessoas tem o Dom de escrever cooisas tão Lindas...
    Bjuusss no s2!!! =^.^=

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